Em mais um exclusivo "Cromos da Bola", oferecemo-vos um pequeno doce. Um palmier forrado a chocolate quente. Um remate almiscarado na gaveta dos bolinhos. Um açucarado passe de crosta caramelizada à trivela.
Gilles Binya, o bom rapaz, aceitou dar uma entrevista a este blog. Um Senhor: gentil e correcto na abordagem aos lances, tanto dentro como fora do verde tapete.
Ora aí vamos:
"Cromos da Bola - Salvé, orgulho de Yaoundé. Bem Haja pela entrevista concedida.
Gilles Binya - Ora essa, não tinha nada de jeito para fazer. Era isso ou arrancar mais um dedo àquele gajo ali ao fundo, mas já estou meio maçadito. Foi um longo dia de trabalho.
CdB - Mais uma razão para lhe agradecer. Iniciemos então esta entrevista. Foi difícil a sua adaptação a Portugal e ao Benfica?
GB - São realidades completamente diferentes do que estava habituado. No ínicio ninguém me conhecia, foi complicado. Um exemplo: Como ninguém sabia quem era, deram-me um pequeno cartão vermelho magnético para poder entrar no parque de estacionamento do centro de treinos. Infelizemente parti-o. Foi o único cartão vermelho que consegui ver até agora em solo luso. E estraguei tudo.
CdB - Vicissitudes da vida. Por falar nisso, foi necessária uma grande mudança de hábitos de sua parte?
GB - Não, apesar de tudo consegui adaptar-me relativamente bem. Gosto muito de rissóis de camarão, portanto só tenho comido isso e carne humana. Outro dia trocaram-me o pedido num café e deram-me um rissol de carne. Ridículo. Claro que parti o perónio ao moço. Curiosamente não vi cartão.
CdB - Compreensível. Trouxe música étnica do seu País natal?
GB - Não ouço disso. Ouvia até aos 12 anos, mas depois parti para outra. Agora, desde que tenha a minha K7 pirata com os maiores hits de verão do MC Hammer, está tudo bem. É um LP bestial. Aquele gajo partia tudo.
CdB - Noto um verbo recorrente no seu discurso...
GB - Deve ser "encerar". Só pode ser "encerar". Adoro encerar o chão da minha casa. Até tenho uma história curiosa relativa a isso: uma vez, a minha mulher-a-dias encerou o chão, esquecendo-se que faço questão de fazer isso sozinho. Parti do princípio que ignorou as minhas directrizes como ofensa pessoal, e parti-lhe a rótula, claro. Não vi cartão, curiosamente.
CdB - Pois. O verbo era "encerar", claro. Passemos à bola propriamente dita. A adaptação a um futebol diferente foi simples?
GB - Dado que o meu jogo não é mais que fazer lançamentos laterais para as couves e distribuir porrada enquanto o Armando não volta à equipa, foi fácil, sim. Até fiz um penteado à Beto Galdino para os adeptos não sentirem saudades e fazerem uma associação rápida do brasileiro nórdico ao jogador novo dos Camarões. Foi uma tentativa de partir gelo. Acho que resultou.
CdB - Longe de mim discordar. Os treinos têm corrido bem?
GB - Tem visto o Mantorras ultimamente?
CdB - Agora que menciona...não, realmente não.
GB - Agora já sabe como têm corrido os treinos. Rasgadinhos.
CdB - Gilles Binya, estou a ficar com medo. Obrigado pela oportunidade.
GB - Ora essa. Volte sempre. E traga as suas canelas desprotegidas, se possível. Ainda ontem escanei um piton nas caneleiras de um gajo. Isso não se faz a ninguém."
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Esta entrevista é fictícia. A realidade seria muito mais violenta.
8 comentários:
Quero que a minha casa seja revestida com o material das caneleiras do Scott Brown.
Segurança total garantida.
a vingança será térrível. e sem cartão.
Com Binya na sua equipa, é garantido o medo nos adversários!
Tenho pena de nâo ter chegado mais cedo a Portugal.O Paulinho Santos nâo teria sido o que foi.
Os dentes do Binya são todo um poema. É aliás o binómio dentes + cabelo do bom do Gilles que desorienta os adversários e leva-os a chocar contra os pitons do rapaz.
BINYA RUUULES...
MR.Binya,que fiques por muitos dias e largos anos por cá...
este é do Trio dos (Tranqueiros de Portugal) Katezouras,Peti,Binya.
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